Em Família Espiritual


"Porque vês o argueiro no olho de teu irmão, sem notar a trave que está no teu próprio?"    (Mateus, 7:3)



Quanto mais nos adentramos no conhecimento de nós mesmos,

 mais se nos impõe a obrigação de compreender e desculpar,

na sustentação do equilíbrio em nós e em torno de nós.

Daí a necessidade da convivência, em que nos espelhamos uns aos outros,

não para criticar-nos, mas para entender-nos, através de bendita reciprocidade,

nos vários cursos de tolerância,

em que a vida nos situa, no clima da evolução terrestre.

Assim é que, no educandário da existência, aquele companheiro:

que somente identifica o lado imperfeito dos seus irmãos, sem observar-lhes a boa parte;

que jamais se vê disposto a esquecer as ofensas de que haja sido objeto;

que apenas se lembra dos adversários com o propósito de arrasá-los,

sem reconhecer-lhes as dificuldades e os sofrimentos;

que não analisa as razões dos outros, a fixar-se unicamente nos direitos que julga pertencer-lhes;

que não se enxerga passível de censura ou de advertência, em momento algum;

que se considera invulnerável nas opiniões que emita ou na conduta que espose;

que não reconhece as próprias falhas e vigia incessantemente as faltas alheias;

que não se dispões a pronunciar uma só frase de consolação e esperança, em favor dos caídos na penúria moral;

que se utiliza da verdade exclusivamente para ameaçar ou ferir...

Será talvez de todos nós aquele que mais exija entendimento e ternura, de vez que,

desajustado na intolerância, se mostra sempre desvalido de paz e necessitado de amor.

 

  Emmanuel/Chico xavier
 

 

 

 

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