Não desprezes o
poder da migalha
muitos que surgiram
aparentemente do
nada
em teu caminho,
vieram a convidar-te
para
novos rumos que
muito te
beneficiariam
O que fizeste? O que
fazes?
Como doente
indisciplinado/a e
ingrato/a
repeles, rejeitas e
desprezas o
medicamento útil que
te é ofertado,
através
mil meios
que a Providência te
direciona.
Contudo,
permanece em teu
caminho,
os convites
salutares a que te
renoves, para que te
sejam abertos os
caminhos do
progresso,
de um futuro melhor
e mais risonho.
Fechado/a nas
carapaças da
indiferença,
foges, alucinado/a e
dementado/a com as
promessas ilusórias
do poder e do
dinheiro, da fama e
do status quo.
Repeles, como
doidivanas nos
degraus descendentes
da insensatez, os
cuidados
e
providências que são
dispensados em teu
favor,
por mãos amorosas,
que um dia, te
embalaram
no colo da meninice;
mãos amorosas, que
te conheceram os
caprichos desde
longos avatares
e, por ti engendram
mil esquemas para
que não resvales por
despenhadeiros da
ignorância e
da soberba, da
ingratidão e da
falta de caridade
para contigo
mesmo/a;
Milhares, gostariam
de ter mãos amorosas
dispostas a dar-lhes
uma migalha do pão
substancial
que
recebes das horas
decisivas.
Milhares sonham em
poder receber o
benefício
de uma palavra dos
que já partiram a
outros
mundos e hoje fazem
tudo, enfrentando
muitíssimas
barreiras
vibratórias para
resgatar
das sombras e da
cegueira, os entes
amados,
e estes, entretanto,
lhes desprezam a
tentativa,
dominados
de desencanto e
soberbia.
Assim, medita no
quanto tens recebido
da vida por
intercessão dos teus
afetos,
através de
muitas mãos
anônimas, conjugadas
contudo, para que a
providência
te
localizes onde
estejas, a fim de
que não te falte os
recursos adequados a
que sigas...
Mas e tu, para onde
segues? Onde te
levarão os passos
vacilantes?
Para os
abismos onde te
convidam os
tentadores
burburinhos das
fantasias da matéria
e onde ficarás por
tempo indeterminado
nos mundos
inferiores,
ou
tentarás finalmente,
dar o passo decisivo
para sair dos mundos
da retaguarda,
com
destino ao chão de
estrelas, a fim de
construir o teu
futuro no Universo
sem fim?
O Guardião das Horas