Alma e corpo são
mundos conexos na
mais alta
sintonização, para
que o primeiro
possa exercer
domínio completo
sobre o segundo,
domesticando-o e, ao
mesmo
tempo, disciplinando
a si mesmo. O corpo,
em certos aspectos,
é a continuação do
espírito.
É no vestir a farda
carnal que o soldado
de Deus avança e
vence as batalhas no
mundo.
A mente é uma região
da alma mais
sensível, com
ligação mais direta
através da
visão. Os olhos são
como diafragmas que,
abertos, colhem
todas as imagens que
podem alcançar,
recolhendo-as na
consciência e, ao
mesmo tempo,
mandando
fotocópias para o
grande arquivo da
consciência
profunda, como, e
certamente,
emitindo as mesmas
imagens em todas as
direções do espaço
exterior.
Eis porque Deus está
sempre assistindo ao
que fazemos.
Queiramos ou não,
escrevemos o que
fazemos na mais alta
linguagem, porquanto
isso é feito por
intermédio das
próprias imagens.
Somos fotografados
ininterruptamente
pela luz,
como fotografamos o
que percebemos em
várias dimensões. O
documentário é
perfeito em todos os
sentidos. É por isso
que se cumpre o
aforismo popular que
expressa: "Não há
segredo nenhum no
mundo que não seja
revelado", pois não
podemos escondê-los,
já que a lei não o
permite.
O corpo físico é um
patrimônio de muita
importância, cujo
sentido ultrapassa
até
mesmo o raciocínio
comum. O espírito
baixa suas
vibrações, internado
nele, para
aprender a subir, e
a engrenagem da
mente opera como um
condensador, para
que o mundo celular
suporte a voltagem
alta da alma. A
conexidade do ser
espiritual no campo
fisiológico é de
demorada realização,
gasta anos no
preparo,
mesmo sob a
orientação de
elevados obreiros do
bem. A alma fica de
posse do corpo
físico,
com mais segurança,
quase sempre depois
dos 21 anos.
É um tempo precioso,
que não deve ser
desdenhado pela
displicência,
nem esquecido pela
preguiça.
Compete â
consciência, que se
manifesta, trabalhar
ativamente e se
conduzir com
decência,
aproveitando com
inteligência a
distância curta, mas
valiosa, do fim da
juventude as portas
da senilidade.
Pensai nisto,
companheiro amigo.
Nunca faltou amor
para convosco. O
esquema
do corpo físico foi
idealizado com amor.
A conjunção com as
primeiras células
foi
nas bases do amor. O
encontro dos vossos
genitores no mundo
foi pela força do
amor. A simbiose
autêntica do óvulo
feminino com o
bastonete masculino,
no
campo avançado do
útero, foi amor, por
ser coerência de
elementos. E, se
viveis,
é por amor de Deus,
pois mente e corpo
se interligam na
mais vasta faixa do
amor, não podendo,
pelo menos na escala
em que se encontram,
depreciar essa
oportunidade que
lhes vem às mãos, de
amar também.
O corpo, que em
muitos casos pensais
nada valer, é uma
ânfora que, em se
falando das coisas
materiais, atingiu
alto grau de
perfeição; e o
espírito, a
fragrância divina
que poderá recender
seu perfume
celestial, mesmo
colocado
nele hermeticamente
fechado.
Se conheceis algum
místico,
verdadeiramente
místico, podeis
observar que, em
torno dele, exala um
aroma sobremodo
agradável que nunca
vos enfadareis de
respirar. Haja visto
o magnetismo de alto
teor que irradia da
sua personalidade, e
que os famintos
avançam à cata de
absorvê-lo, como
mariposas à luz. E
sabeis,
meu filho, como
destampardes o vaso
da carne para que o
espírito perfume a
atmosfera dó mundo?
É com os dedos do
amor. Somente ele
conhece a ciência
de tornar livre a
essência da vida.
Mente e corpo são
dois mundos
conjugados: um, o
cavalo-o outro, o
cavaleiro.
Um, o instrumento; o
outro, o músico. Um,
o vidro; o outro, o
perfume.
Analisai, agora
mesmo, e cuidai de
vosso corpo, pois
ele é o vosso
companheiro
fiel, que sofre
convosco todas as
tribulações do
caminho, mas que no
fim vai fazer
parte de todas as
glórias
conquistadas.