Uma mente poluída é uma mente
fermentada,
que macula a
alma, tisna as forças do bem,
dispostas ao amor.
Se quereis
saber como vão os vossos
pensamentos, em se referindo â
coletividade,
eles se
igualam, mais ou menos à poluição
física da Terra.
Sabemos, de
certo modo, o que vai pelo íntimo de
cada ser, estudando
os fenomenos exteriores, pois eles
são reações das ações de cada um.
Uma mente desajustada provoca
conturbação de igual desajuste, e
ainda coleta
forças mentais da mesma sintonia
para o seu próprio convívio, altera
a função
orgânica e destrilha o carro da vida
por tempo indeterminado.
Inquieta
os outros e inspira nos semelhantes
somente o desânimo.
Alguém há de pensar: por que tanto
desengano, por que tanto sofrimento?
Os Céus não
estão vendo a Terra como um
hospital, há tantos milenios?
Assim também
pensávamos quando crianças. Não
deveis subestimar a inteligência
divina, que sabe os porquês de todas
as coisas. E nós outros, com o
passar do
tempo, vamos tomando conhecimento da
realidade interna e externa de tudo
o que existe.
Falamos muito no mal, combatemo-lo
por todos os meios disponíveis ao
nosso alcance.
No entanto, é
como diz o Divino Mestre: "Ai
daquele que escandalizar,
mas é necessário o escândalo". Para
o porte evolutivo das criaturas no
mundo,
por muito tempo vamos ter escândalos
frequentes de todos os tipos, de
toda sorte,
pois eles
criam reações para a auto-educação
dos homens.
Não obstante, é época de falarmos na
reconstrução da velha mente em mente
nova, de maneira a vigorar todos os
princípios do Cristianismo
primitivo, no
coração e na inteligência de cada
alma.
Então não devemos combater a
poluição mental por ser ela uma
necessidade ao
processo evolutivo? Devemos,
perfeitamente, removê-la com as
nossas forças.
Se assim não
for, entorpeceremos os nossos
sentidos mais dignos, pêlos quais
poderemos observar o céu, Deus, o
amor etc. Compete a nós realizarmos
os nossos deveres,
porquanto o
Senhor sempre faz o d'Ele adiante de
todos.
É uma luta que
temos de travar, e com mais
intensidade, dentro de nós.
Um espírito
educado educa seu mundo exterior.
A vinda de Jesus à Terra não foi
para experiências e, sim, por ter
chegado a hora.
Os clarins da eternidade soaram e os
anjos desceram para conviver com os
homens e ensinar-lhes os caminhos da
paz, da caridade e do amor. Os
emissários
do Evangelho são as estrelas
chamejantes que vieram queimar a
eiva, limpar a
borrasca, atear fogo ao joio,
deixando o trigo na sua florescente
abundância.
Não vedes no mundo o empenho das
autoridades em limpar das cidades o
lixo,
em recolher os assassinos, os
mendigos, os ladrões e subversivos?
É trabalho
nosso fazer o mesmo em nossa cidade
mental, que tem todos esses pontos
de
fácil contaminação. E por se tratar
de uma organização mais perfeita, o
cuidado
haverá de ser maior. Os maus
pensamentos sujam as ruas da mente
mais do que
sujais as vias da Terra, em épocas
de festejos delirantes. A reforma
das ideias é
como a reconstrução de uma metrópole
velha, para que, no mesmo lugar,
seja
edificada uma cidade nova. É preciso
muita coragem, muita persistência e
muita fé.
As idéias negativas são verdadeiros
assassinos dos bons princípios e as
emoções
inferiores roubam as oportunidades
dos sentimentos do bem. Os mendigos
da
inércia e a subversão do ódio poluem
a mente.
Nesse fogo
insuportável, busquemos Jesus. Ele é
o caminho, a verdade e a vida.
Pelo Cristo,
encontraremos a porta ou a pedra
filosofal, pela qual poderemos
purificar as
nossas idéias, elevando os nossos
sentimentos e instalando luz na
cidade escura da mente.