Os problemas da alma são
metafísicos.
É
necessário possuir apurados sentidos
para entendê-los, e avançada
capacidade de raciocínio para
discerni-los.
E
mais:
educar as emoções inferiores que,
porventura. aflorarem, às vezes, na
conduta de cada dia.
É muito fácil falar em educar as
emoções. É de habilidade comum
escrever sobre
a disciplina dos impulsos
inferiores, desde que seja dos
outros. Parece atitude
lógica assomar a uma tribuna para
comentar sobre leves erros alheios,
usando
todos os recursos da retórica, na
expansão filosófica que é peculiar
ao intelectual.
É agradável ao espírito mais ligado
à Terra comentar, nos encontros com
seus
semelhantes. sobre deslizes de
companheiros, às vezes, em grandes
testes
doutrinários, em provações difíceis,
por lhes faltarem forças para uma
reforma moral acentuada.
Porém, quando chega a nossa vez de
ler o que escrevemos para os outros,
a nossa consciência torna-se
autocrítica.
Começa a mostrar-nos se há, ou não,
coerência no que dizemos para os
semelhantes.
Descobrimos que também somos
portadores de erros, mas sentimo-nos
feridos. Por quê?
Não podemos suportar o peso que
julgávamos frágil, para os outros?
Deveríamos aceitar o "Com a mesma
medida que medirdes, sereis
medidos".
É nesse ponto alto de comparações
que devemos saber usar" a
complacência,
educando as emoções perante os
iguais, na marcha evolutiva de que
também
fazemos parte. Sois um ser
emocional? Até que ponto? Para que
lado as vossas
emoções preponderam? Analisai,
estudai, meditai nas vossas próprias
reações, e
vereis, com a ajuda de Deus e o
vosso esforço de reforma moral e
espiritual nas
normas do Evangelho, salientar o
vosso equilíbrio e aflorar, no vosso
mundo íntimo, a vossa paz interior.
O nervosismo ocupa lugar de destaque
em vossa mente? A agitação é clima
comum em vossa vida? Lembrai-vos de
que o mundo biológico também evolui
e
carece de esticar as qualidades que
possui em letargia, para que, no
amanhã,
pela herança, os espíritos mais
evoluídos possam encontrar na carne,
recursos
maiores, compatíveis com a evolução
conquistada.
Contudo, não deve a alma cruzar os
braços. Imprescindível se faz que
lutemos
mais, amenizando o abalo evolutivo
que, em muitos casos, é acompanhado
pela
dor, pelo desespero, por problemas e
sacrifícios, dado o progresso querer
colocar
o espírito em outra dimensão de
vida, com mais rapidez. A alma tem
de mostrar
seu interesse, tem de participar
dessa corrida, pois, a sua parte,
somente ela poderá fazer.
As emoções deverão ser controladas à
altura das vossas forças, os
pensamentos
vigiados no empenho de lhes dar
direção acertada e, nesse embalo,
frequentemente, não tereis tempo de
criticar ninguém, por passardes
pêlos
mesmos problemas que os corações dos
outros sofrem.
Emoções desregradas podem nos levar
ao caos. Com frequência anotamos
esses
acontecimentos, tanto física quanto
espiritualmente. Haja vista as
notícias catastróficas que matam
muita gente
que as ouve, sem que o preparo lhes
garanta o equilíbrio. Não suportam.
Por que não suportam?
Por não terem começado o trabalho de
serenidade, para compreender o
motivo de todas as
coisas, de que somos eternos
viajores no universo, de que Deus
está no princípio e no fim de todos
os acontecimentos.
É
preciso exercitar, todos os dias, em
todas as oportunidades, a
serenidade, o amor, a compreensão,
o
perdão, a tolerância e a
fraternidade, para que o espírito
absorva, gradativamente, como
respira o ar todos os dias.
O controle das emoções não pode ser
feito na violência, nem na
displicência.
O
bom senso converge as forças para o
centro dos esforços, que deverão ser
continuados, na limitação que a
ordem e o progresso acharem melhor.
Fomos feitos para agir e trabalhar.
Vamos .. . que o Cristo já foi !
MIRAMEZ
Psicografia: João
Nunes Maia
Horizontes
da Mente ~
CONTROLE
DAS
EMOÇÕES
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